terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Arte do Encontro


“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” Vinícius de Moraes

Pra começar, antes de ler estas linhas você poderia - é uma sugestão, fazer uma xícara de chá e ao fazê-la ficar presente em cada movimento, totalmente conectado com o momento. Simples não é? Para os budistas esta é uma forma de meditar. E por que esta minha sugestão? Porque para se falar dos encontros e desencontros na vida é preciso ficar aqui e agora, totalmente presente, sem retiradas.

Eu, me retirar?! Isto mesmo! Fazemos constantemente esse movimento, principalmente quando não queremos reconhecer as nossas fragilidades, a nossa sombra. Já parou para observar como você reage quando alguém ou algo lhe desagrada? Você se defende? Você se submete? Você se retira? Seja qual for a sua atitude, é uma escolha, sendo ela consciente ou inconsciente vai afetar a sua vida. Porque a partir dela outras situações vão ocorrer e se estabelecer, de modo dinâmico, porque nada no universo permanece parado.  E para você chegar onde você quer, precisa se conhecer. Como eu me movimento na vida? Como eu me relaciono com as pessoas, com as situações, com a natureza, com os objetos? Quando não nos conhecemos continuamos nos movendo sem ter a clareza desses movimentos, o que não nos permite escolhas conscientes, apenas vamos indo, levando a vida ou deixando ela nos levar, e desta forma nem sempre chegamos onde queremos chegar. Refazemos várias vezes o mesmo caminho, pegamos atalhos, mudamos o caminho e nada, porque só percebemos o caminho que fizemos quando vemos o resultado dessa escolha. Quando nos conhecemos e escolhemos os caminhos os resultados são mais previsíveis, porque a consciência se expande e de forma mais integrada passa a direcionar o que antes não tinha um governo verdadeiro. 

Bem, esse início de conversa, nesta roda gostosa de estar é para dizer, que pra começar precisamos nos encontrar, estabelecer uma relação interna, de você com você mesmo. Só quando aprendemos a nos relacionar interna e verdadeiramente, podemos iniciar relações exteriores autênticas. Se você não se conhece, se o que você é, é um personagem automático criado para agradar e satisfazer necessidades alheias, sua relação com você mesmo não é verdadeira, e muito menos suas relações com pessoas e com o mundo são verdadeiras.

E então, gostando da roda? Então participe dela. Este post é pra começo de conversAção. Ação!